Terça-feira, 11.01.11

Peixe hoje, saúde amanhã!

 

 Por Elsa Feliciano, nutricionista

Sabia que o consumo regular de peixe melhora o desempenho escolar dos mais pequenos? Para além de muito nutritivo para todas as idades, este alimento é ainda um aliado no controle do peso dos adultos

Quantas vezes as crianças torcem o nariz às refeições com peixe? As espinhas, o sabor e o cheiro servem de desculpa para evitar o alimento que, na realidade, é indispensável a uma alimentação equilibrada “dos zero aos 100”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aumento do consumo de peixe, que inclua pelo menos 3-cinco doses por semana. Os pais sabem a lição mas nunca é demais repeti-la! Na infância, altura em que se verifica um crescimento acentuado, a qualidade da alimentação é determinante. Não basta variar, é preciso acertar nas porções e nos ingredientes.

Os benefícios do peixe na alimentação das crianças são incontornáveis:
- Tem sais minerais (cálcio, fósforo, zinco e cobalto) que fortalecem os dentes e os ossos;
- É rico em vitamina D que assegura uma utilização adequada do cálcio bem como o funcionamento correcto dos músculos e do sistema nervoso;
- Possui vitamina A, essencial para a visão;
- Fonte de vitaminas do complexo B que dão energia e aumentam a resistência a doenças e ao cansaço intelectual;
- É ainda uma excelente fonte de ácidos gordos essenciais muito importantes para o desenvolvimento cerebral.

Na mesa, todas as semanas
O seu filho já comeu peixe esta semana? Quantas vezes? Rico em proteínas, ferro, iodo e ómega 3, este alimento tem funções comprovadas na optimização do desenvolvimento do cérebro das crianças e na protecção contra as inflamações. Por isso, é introduzido na alimentação durante o primeiro ano de vida, altura em que as crianças de uma forma gradual começam a ingerir alimentos sólidos.

Rico em aromas, o peixe contém muitas proteínas, que funcionam como tijolos que edificam o corpo, intervindo nos processos de crescimento e reparação do organismo. Poucas pessoas sabem que o seu valor biológico é exactamente igual ao da carne. A textura macia do peixe permite ainda uma mastigação fácil, que ajuda no pro-cesso digestivo e evita transtornos como a azia, má digestão ou sonolência após a refeição.

Uma das grandes vantagens do peixe em relação à carne é que não tem gorduras saturadas prejudiciais à saúde. O peixe, de uma forma geral, contém teores de gordura inferiores aos da carne e é sobretudo rico em gorduras polinsaturadas, em especial os ómega 3, nutrientes amigos do organismo. Concentradas em maior quantidade nos peixes gordos (como o salmão, atum ou cavala), estas “gorduras boas” protegem o aparelho cardiovascular e dos processos inflamatórios.   

Regra geral, os peixes, mesmo os gordos, têm menor quantidade de gordura, e consequentemente, menos calorias do que as carnes vermelhas. A qualidade da gordura e o menor valor energético dos peixes também podem ser uma característica benéfica e irresistível… sobretudo para quem quer reduzir o colesterol ou perder peso.

Soluções rápidas e saborosas
Escamar o peixe, abrir a barriga, extrair as vísceras e as guelras, lavar… são tarefas que exigem tempo e paciência. Por outro lado, todos sabemos que algum do peixe fresco que existe na peixaria passa muitas vezes por processos de congelação e refrigeração prolongada antes de ser comercializado. Para facilitar a vida aos consumidores, o peixe congelado surge como uma opção prática e rápida, que lhes permite solucionar o problema de falta de tempo e, em simultâneo, incentivar o consumo de diferentes tipos de peixes, desde os lombos e filetes de pescada passando pelo salmão ou camarão.

Os estudos comprovam que o peixe congelado é uma alternativa saudável e saborosa que preserva todo o sabor e valor nutritivo deste alimento. E se pensarmos bem, o peixe congelado acaba por ser a opção mais prática e económica já que o que se compra é o que se come! O facto de não ter espinhas e já estar arranjado facilita o seu consumo e evita o desperdício. Existem ainda produtos pré-cozinhados, como o peixe panado, que constituem uma opção saborosa e nutritiva.

Outra vantagem é que as formas divertidas ajudam a preparar pratos apelativos e equilibrados. Só precisa de ser criativa: confeccione, por exemplo, o peixe pré-frito no forno em substituição da fritura, obtendo uma refeição menos “gordurosa”. E já agora, não se esqueça de convidar também as hortaliças e leguminosas a entrar nos seus pratos. Sabia que os hábitos adquiridos na infância podem manter-se para toda a vida? Basta criar o gosto!

Mais vale prevenir do que remediar
As carências nutricionais em tenra idade podem trazer complicações na vida adulta. Os problemas como a obesidade, o aumento do colesterol no sangue, a tensão arterial alta ou a diabetes são apenas alguns exemplos de enfermidades que podem ter origem em erros alimentares.
Assim, nada como ousar na cozinha e desfrutar o melhor que o mar oferece! No fundo é fácil seduzir os mais pequenos com lombos de pescada assados no forno, salmão estufado, bacalhau desfiado em saladas e empadões… com criatividade!

Uma receita saborosa
Lombinhos de peixe no forno


Ingredientes
1 ou 2  lombinhos de pescada,
salmão ou outro peixe (para as quantidades certas deve ter-se em conta a idade da criança);
cenoura; cebola picada (facultativo); alho, orégãos frescos, salsa, sal e sumo de limão.

Execução
Coloca-se o peixe sobre folha de alumínio, juntamente com o alho, a cenoura ralada ou cortada às rodelas finas e a cebola. Tempera-se com pouco sal, algumas folhinhas de orégãos, salsa e umas gotas de sumo de limão. Fecha-se a folha de alumínio em forma de embrulho e leva-se a cozer ao forno, o tempo suficiente de os lombinhos cozerem. Acompanham-se com puré de batata ou arroz e ainda com legumes ao gosto da criança.

 

 http://coisasdecrianca.com/#

publicado por salinhadossonhos às 07:16 link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 04.01.11

Stress

 Stress
Um mal que também afecta os mais novos...
Texto: Thaís Delboni, Psicóloga (thaisdelboni@materlux.com)

  

 

Factores externos e internos podem gerar stress na criança, prejudicando o seu desenvolvimento. Pais e educadores devem estar atentos!

Um mundo cada vez mais exigente e globalizado tem colaborado significativamente para que o stress deixe de ser um mal dos adultos e afecte um cada vez maior número de crianças. Pais ausentes por excesso de trabalho, maior exigência intelectual, a obsessão pelo exercício físico e os próprios relacionamentos pessoais, dificultados pelo uso excessivo dos computadores e televisões, são motivos mais do que suficientes para causarem stress até nos mais pequeninos.

Segundo M. Lipp, especialista em stress infantil, o stress é “um conjunto de reacções que temos quando algo acontece que nos amedronta, nos irrita, excita ou nos faça extremamente felizes”. Provocado pelas diversas reacções orgânicas que são desencadeadas ao mesmo tempo quando nos sentimos ameaçados, real ou imaginariamente, o stress é necessário ao organismo, pois auxilia o desempenho das funções orgânicas e psíquicas como o crescimento, a cicatrização ou a criatividade.

Para poder enfrentar esses estados de tensão, o corpo faz com que as glândulas supra-renais produzam mais adrenalina, o fígado converta as reservas de gordura em açúcares (para produzir mais energia) e a irrigação sanguínea seja reduzida em alguns locais, para que coração, cérebro e músculos sejam melhor irrigados. Entretanto, se estas alterações acontecem repetidas vezes, com pequenos intervalos de tempo, ocorre o que podemos definir como stress negativo, responsável por sérios transtornos físicos e emocionais.

Segundo Lipp, os factores externos que mais causam stress na infância são: mudanças significativas ou constantes, responsabilidades em excesso, excesso de actividades, brigas ou separações dos pais, morte na família, exigência ou rejeição por parte dos colegas, modo de disciplinar negativo / contraditório por parte dos pais, nascimento de irmão, troca de professores ou de escola, mudança de vizinhança, pais e professores stressados, etc... Existem também os factores internos, ou seja, aqueles aspectos que são determinados pela personalidade e expressão emocional da própria criança. Estes factores que geram stress na criança são: ansiedade, depressão, timidez, desejo de agradar, medo do fracasso, medo de que os pais morram e ela fique só, medo de ser ridicularizada por amigos ou colegas, etc.

Independentemente da causa, o stress infantil pode levar a problemas sérios... Como exemplos, a asma, úlceras, alergias, gaguez, distúrbios dermatológicos, diarreia, tiques nervosos, dores abdominais etc... O stress debilita o organismo como um todo, enfraquecendo o sistema imunológico que, ao ser afectado, reduz a resistência da criança, tornando-a vulnerável a qualquer vírus a que esteja exposta – como por exemplo as gripes e constipações. Para além disso, podem aparecer doenças como úlceras, hipertensão arterial, obesidade e bronquite, tendo como elemento desencadeante uma crise de stress excessivo e prolongado. Entretanto, lembre-se de que todas as indicações aqui sugeridas dependem de cada caso e da personalidade de cada criança. Nada melhor e mais aconselhável do que a orientação de um profissional capacitado para auxiliar a lidar melhor com a situação.

As crianças são seres extremamente sensíveis. Encontrando-se numa fase de estruturação física e emocional estão muito mais vulneráveis a palavras, gestos e atitudes, venham eles dos adultos ou mesmo das outras crianças. Cuidar para que os miúdos tenham tranquilidade, em todos aos aspectos, é obrigação dos adultos...
Afinal, serão estas crianças bem formadas - moral, emocional e fisicamente - os pais, professores e líderes futuros. Será nas mãos delas que estará também o seu futuro! Pensemos nisto.

Atenção aos sinais
Para compreender e ajudar a resolver estes conflitos emocionais e desequilíbrios físicos advindos dos estados de stress, é fundamental que pais e educadores estejam atentos a alterações de comportamento da criança! Segundo os especialistas em stress infantil, os sintomas em crianças podem ocorrer ao nível físico, psicológico, ou em ambos.


SINTOMAS FÍSICOS MAIS FREQUENTES:
- Dores de barriga
- Dores de cabeça
- Náuseas
- Hiperactividade
- Enurese nocturna
- Gaguez
- Tensão muscular
- Ranger dos dentes
- Dificuldade para respirar
- Distúrbios do sono
- Obesidade.


SINTOMAS PSICOLÓGICOS:
- Ansiedade
- Terrores nocturnos
- Pesadelos
- Dificuldades nas relações interpessoais
- Desânimo
- Insegurança
- Agressividade
- Choro em demasia
- Tristeza
- Birra
- Medo excessivo.

 

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publicado por salinhadossonhos às 07:14 link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

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